sexta-feira, 29 de março de 2013

Por que o universo não veio do nada?


“Não cometam o erro de pensar que a comunidade científica é científica.” - John Hagelin


Após obter seu Ph.D em física quântica na universidade de Harvard, Hagelin trabalhou com unificação de campos quânticos na faculdade de Standford. Apesar de inúmeras publicações (centenas) nessa área, sua fama vem da descoberta da supersimetria, que foi peça chave para o desenvolvimento da teoria da grande unificação.

Assim como a política e a economia, a comunidade científica tem seus problemas de conflitos de interesse. Manipular a massa significa deter o poder. Vemos isso todos os dias nas principais religiões e nos governos populistas. É notável que as pessoas, de qualquer nível social ou grau intelectual, sempre pensam orgulhosamente a favor daquilo que acham mais bonito e negam tudo que é contra o que parece mais satisfatório aos seus caprichos. Temos exemplos clássicos encontrados nas interpretações da bíblia, de correntes sociológicas e políticas e de teorias físicas.
Ao longo dos anos, muitos cientistas postularam que o universo é composto exclusivamente de matéria e que os sentimentos não fazem parte do mundo real. Isso é praticamente uma fé que apoia opiniões sobre o segredo ou sentido da vida. Além do mais é simplesmente a abdicação total do estudo de situações mais complexas que fogem a observações diretas. Essa é também a razão que leva a espiritualidade a se tornar objeto de estudos hoje. Estamos num momento onde a física aprendeu a fazer medidas e detecções de maneira indireta. Por exemplo, sabemos a idade do universo e o funcionamento de estrelas pelas reações geradas que podem ser observadas diretamente. Naturalmente, observações obtidas de forma secundária não podem ter grande grau de precisão, porém, nos mostram o funcionamento daquilo que queremos conhecer; mesmo que não nos apresentem números de grande confiabilidade, nos fazem compreender conceitos científicos.
Só foi possível descobrir a expansão do universo a partir das observações de Hubble  que concluíam que os corpos celestes se afastavam uns dos outros; Imagem do site: http://astro.if.ufrgs.br

Hoje, a sociedade converge para um ponto onde todas as crenças devem ser confrontadas e teremos a oportunidade de captar os conceitos de cada uma que se aplicam à vida. Como assim? Ora, não fossem os ateus, (de antigamente, claro) não teríamos conhecido, de forma tão profunda, o funcionamento da matéria; não fosse o catolicismo, não teríamos mantido sob a terra os conceitos morais que hoje são lei em quase todos os países; não fosse o protestantismo, não teríamos conhecido a necessidade de se interpretar a bíblia de maneira mais coerente; não fosse o espiritismo, não teríamos conhecido o lado científico da espiritualidade. Além dessas, diversas outras observações e ensinamentos podem ser tirados de inúmeras crenças e filosofias espalhadas pelo globo.
Já que vamos falar sobre a origem do universo, devo focar minhas atenções à astronomia e à física moderna que são as únicas que nos dão uma foto, mesmo que fosca, do passado longínquo.
A teoria do nada foi bem analisada em outro post deste mesmo blog, portanto, vou me limitar às falhas da teoria. Primeiramente, é pregado pelos físicos ateus mais fanáticos que as leis científicas são como são porque estamos aqui para observá-las. O que isso quer dizer é que as únicas leis científicas que permitem a vida como ela é, são essas, ou seja, somos assim porque o universo é assim; nosso defeito é, muitas vezes, pensar o contrário, como se o universo fosse adaptável a nós.
Essa é a principal contradição da teoria que não é conhecida por quase ninguém fora do meio científico. O que permite o universo ter surgido do nada são as quantidades de energia positiva e negativa encontradas nas observações astronômicas. É incrível a igualdade desses dois valores, porém também é postulado que antes do big bang não havia nada. Nem espaço, nem tempo, portanto, não havia energia. Os físicos adeptos da teoria dizem que, as flutuações quânticas do vácuo podem ter dado energia suficiente para a expansão inicial do universo e todo o resto seria consequência disso. Mas, se as leis científicas são exclusivamente do nosso universo, como existiam antes de ele existir? Aliás, como Stephen Hawking diz, “perguntar o que havia antes do universo é uma pergunta ilógica, afinal, o tempo é propriedade no universo já criado; é como perguntar o que fica ao sul do polo sul, é uma pergunta totalmente incoerente”.
A pergunta é tão incoerente e ilógica como afirmação de que pôde existir alguma lei científica antes mesmo de ela própria ter sido formada, correto? Essa situação nos mostra como nenhuma teoria prova fielmente que o universo surgiu do nada, que é como se acredita na “massa neoateísta manipulada pelos detentores do poder científico”. Mas, meu foco não é só mostrar que não há nada provado e sim evidenciar o porquê de o universo ter, na verdade, uma inteligência criadora.

Stephen Hawking; imagem do site http://misteriosdocerebro.files.wordpress.com

O primeiro fato a ser observado é que nenhuma causa sem inteligência produz um efeito inteligente. Todas as causas aleatórias que podemos observar produzem resultados aleatórios, ou seja, com efeitos equiprováveis. A vida inteligente é exceção à lei do acaso e as reações a estímulos externos ao corpo também não obedecem ao caos. Na verdade, nem os animais, que não são dotados da mesma inteligência que nós, respondem aleatoriamente ao que interage com eles. É, talvez, a mais forte evidência de que os sentimentos e pensamentos devem ser investigados.
Devemos também considerar, com humildade, que os eventos espirituais estão para a humanidade assim como a dor e o amor. Ou seja, são relatos, apenas. Não se pode ver a dor ou o amor; podemos apenas senti-los. Assim são os fenômenos espirituais, são observações individuais. O cérebro até codifica a dor e os sentimentos, mas não existe um padrão; para cada ser humano, a reação cerebral é diferente em ambos os casos. A teoria do doutor Sérgio Felipe de Oliveira, da USP, trata a mediunidade como conversão de estímulos recebidos pela glândula pineal. Ao contrário do que se acreditava antigamente, a glândula pineal não está inativa. Através da difração dos cristais presentes nesse órgão, os estudos do doutor Sérgio mostraram que a pineal é responsável por uma espécie de codificação de ondas eletromagnéticas; funciona como receptora tradutora e emissora de ondas. A atual ciência já usa ondas eletromagnéticas para transmitir informação há um bom tempo, portanto, essa hipótese não pode ser considerada absurda, visto que toda a nossa tecnologia é infinitamente inferior aos conceitos físicos e químicos observáveis aplicados à engenharia do corpo humano.

Doutor Sérgio Felipe de Oliveira, pioneiro nos estudos sobre a pineal; imagem do site: http://www.uniespirito.com.br

Não bastasse toda a lógica observável de inúmeros ensinamentos trazidos à humanidade desde muito antes de cristo, ainda podemos tirar conclusões favoráveis a uma inteligência universal criadora de toda a nossa realidade.
Cientificamente, sabemos que o espaço-tempo é o tecido responsável por todas as interações da matéria que conhecemos até hoje, ou seja, esse tecido tudo sabe e tudo vê. Ainda é nele que fica localizada a maior quantidade de energia do universo; 70% de toda a massa e energia existente no universo é proveniente das flutuações quânticas, propriedade conhecida como energia de ponto zero. Ou seja, o vazio, mais uma vez, tudo sabe, tudo vê e tem uma quantidade absurda de energia. O vazio seria Deus? Não. Não creio e não condiz com nenhuma lógica deísta que Deus é algo tão visível e compreensível como o vazio. Aliás, para isso, Deus teria que ser obra da própria criação e já vimos como isso é ilógico, incoerente e incognoscível. O vazio é o meio da ação de Deus, afinal, se Ele existe, faz parte integral do nosso universo.
Nós seres humanos e toda a matéria do universo estamos presos a esse tecido. É uma limitação espacial científica e que serve perfeitamente aos relatos sobre as leis de Deus. Além do mais, desde que a física virou puramente materialista, todas as teorias que eram comprovadas diminuíam as lacunas que antes eram deixadas para que Deus pudesse existir e, contra a vontade de muitos cientistas, as novas leis da física e relações da biologia vêm apontando para um universo cada vez mais incerto, abrangente, interativo e multidimensional.

Lawrence Krauss, um dos maiores físicos teóricos da atualidade; ateu ativista e crítico da teoria de cordas; imagem do site http://skepticalteacher.files.wordpress.com

A nova biologia mostra que todos os seres vivos não só interagem com o ambiente como fazem parte do seu desenvolvimento. Ou seja, a teoria da evolucionista – maior advogado dos ateus radicais – nos mostra que ela é sim correta e condizente com quase todas as crenças religiosas do planeta. Richard Dawkins, biólogo e ativista ateu, é pioneiro nos estudos sobre a interferência que o ambiente tem nos seres vivos. Começou seus estudos com o intuito de provar que somos simples resposta natural a estímulos externos, mas seus resultados influenciaram outros biólogos que mostraram que, na verdade, tudo que está inserido em um ambiente é parte importante desta máquina, como no caso da Terra.
Essas descobertas nos mostram outro poder de Deus. É a prova da implicação filosófica da lei de Isaac Newton que diz que: “a toda ação, corresponde uma reação”. Ou seja, a reação a estímulos não é puramente material; é algo que transcende a matéria. As interações que somos capazes de compreender hoje, não nos mostram tanta influência em células e em seres vivos, mas a observação mostra que os seres vivos e as células têm suas atitudes dependentes do ambiente. Ora, se essa interação material como conhecemos não é suficiente para explicar a influência, ou seja, a relação não é puramente física e química, há sim algo mais. É notável também que as lacunas só aparecem aonde há ação ou reação inteligente, logo, a inteligência é propriedade fundamental do universo; não efeito deste, logo, deve ser investigada pela ciência.
Como nosso conhecimento ficou ultrapassado, novas teorias surgiram para explicar coisas que não eram compreensíveis. A teoria de cordas é a única teoria da física que pode unir as quatro forças fundamentais e investigar sistemas quânticos relativísticos, ou seja, é a única candidata a explicar o universo completamente. Isso leva John Hagelin, da frase citada no início do texto, a ser considerado precursor de todos os avanços em torno da física moderna dos últimos anos. Hagelin é, hoje, considerado místico e tem seus trabalhos desvalorizados no meio científico, assim como Amit Goswami e David Albert. Há outros cientistas que passaram a ser ignorados pelos cientistas ateus, mas esses três são um belo exemplo de que, por mera política e necessidade de hegemonia, a comunidade científica é a nova igreja católica da inquisição. Toda a liberdade do pensar que foi conquistada com anos e anos de luta é, hoje, manipulada por cientistas que querem manter seus nomes reconhecidos enquanto vivos.

David Albert, grande contribuinte da teoria de cordas; imagem do site http://upload.wikimedia.org

O novo papa é o melhor exemplo de que uma religião não pode ser julgada com base naqueles que creem nela, afinal, ele demonstra atitudes de amor e humildade totalmente diferentes dos seus precursores. O novo papa é a esperança de uma igreja longe da corrupção e, de fato, a favor da humanidade. O que também não significa que todos os padres faziam parte dos absurdos que aconteciam no Vaticano. Os corruptos não são os mensageiros de Deus e sim pessoas que se infiltram em sistemas para tirar proveito de outros. Essas pessoas, com certeza, não são o exemplo do designer do nosso universo.
Vivemos novamente numa era de orgulho e corrupção que tenta calar a massa. O que antes era caça, hoje é caçador.
Muitos adeptos do marxismo acusam as religiões de serem usadas para manter a disciplina do povo para conservar a hegemonia financeira de certas entidades e países. Agora, a comunidade científica usa esses ideais para manter a hegemonia do conhecimento, afinal, desde a idade média, quem detém o conhecimento também detém o poder. Claro que não são todos os cientistas ateus que fazem parte desse conchavo, muitos acreditam de verdade no universo que veio do nada, mas, como as pesquisas em torno dos eventos espirituais não são divulgadas nem apoiadas, é natural que essa opinião costume a aparecer nesse meio.

Papa Francisco, símbolo de humildade e amor à humanidade; imagem do site http://upload.wikimedia.org

Uma causa inteligente é a explicação mais lógica para o nosso universo e, sendo essa causa inteligente e a moral fazendo parte da verdade universal, essa inteligência é completamente moral. Da mesma forma que escuridão é ausência de luz e frio é ausência de calor, o mal é a ausência do bem; o orgulho, da humildade; a violência, da paz; a corrupção, do respeito; o ódio, do amor.
O físico Mark Comings diz: “estou imensamente feliz de poder demonstrar que, por fim, teremos uma ciência que está baseada no amor e que derrubará todas as falsas crenças de separação e limitação”. Isso quer dizer que, sendo o amor uma lei moral universal, ele é base de todas as outras leis do universo. Mas, porque o amor? Bom, a perpetuidade da espécie só é possível com amor ao próximo; a igualdade entre as pessoas só é possível com amor ao próximo; dizimar a corrupção e a hegemonia do poder, só é possível com amor ao próximo. Por fim, só poderemos realmente compreender o universo quando compreendermos o que é o amor e, para compreendê-lo, temos que aceita-lo.

Mark Comings, físico matemático e divulgador da energia de ponto zero; http://www.intuition.org

13 comentários:

  1. O "Nada Jocaxiano" (NJ) é o “Nada” que existe. É um sistema físico desprovido não apenas de elementos físicos e de leis físicas, mas também de regras de quaisquer tipos.[1]

    Para tentarmos entender e intuir o NJ como sendo um “nada existente”, podemos construí-lo mentalmente da seguinte forma: do nosso universo retiramos toda a matéria, a energia e os campos que elas geram. Agora podemos retirar a energia escura e a matéria escura. O que sobrou é algo que não é o inexistente. Vamos continuar nosso experimento mental e continuar suprimindo elementos de nosso universo: agora vamos retirar as leis físicas e as dimensões espaciais. Se não esquecemos de retirar mais nada o que sobrou é um NJ: Um nada existente.

    O NJ é diferente do Nada em que normalmente se pensa. O nada em que normalmente se pensa, e que podemos chamar de "Nada Trivial" para distingui-lo do NJ, é algo do qual dele, nada pode surgir, ou seja, “o Nada Trivial” segue uma regra: ”Nada pode acontecer”. Dessa forma o “Nada Trivial”, o nada no qual as pessoas pensam ao falar sobre um “nada”, não é o nada mais simples possível, ele possui pelo menos uma regra de restrição.

    o NJ foi definido como algo que:

    1-Não possui elementos físicos de nenhuma espécie (partículas, energia, espaço etc.).

    2-Não possui nenhuma lei (principalmente a lei embutida no “Nada Trivial”).

    Assim, o NJ pode ter fisicamente existido. O NJ é uma construção que se diferencia do "nada trivial" por não conter a regra "Nada pode acontecer". Desta forma, jocax livra seu NJ de paradoxos semânticos do tipo: “Se ele existe, então ele não existe”. E afirma que este nada é ALGO que pode ter existido. Ou seja, o “NJ” é a estrutura física mais simples possível, algo como o estado minimal da natureza. E também o candidato natural para a origem do universo.

    Não devemos confundir a definição do NJ com regras a serem seguidas. A definição do NJ é apenas a declaração de um estado. Se a natureza se encontrar no estado definido pelas condições 1 e 2 acima, dizemos que ela é um “Nada-Jocaxiano”. O estado de um sistema é algo que pode mudar, é diferente de uma regra que o sistema deve obedecer (caso contrário não seria uma regra). Assim, por exemplo, o estado “não possui elementos físicos” é um estado e não uma regra, pois, eventualmente, este estado poderá mudar. Se fosse uma regra, não poderia mudar (a menos que outra regra eliminasse a primeira).

    o NJ seria o próprio universo – definido como o conjunto de tudo o que existe - em seu estado minimal. Dessa forma, podemos também dizer que o Universo (como sendo um NJ) sempre existiu.


    Não podemos afirmar que num NJ eventos devam, necessariamente, ocorrer. Eventualmente pode não ocontecer nada mesmo, isto é, o NJ pode continuar ‘indefinidamente’ ( o tempo não existe num NJ) sem mudar de seu estado inicial e sem que nada ocorra. Mas existe a possibilidade de que fenômenos aleatórios possam decorrer desse nada absoluto. Essa conclusão segue logicamente da análise de um sistema sem premissas: como o NJ, por definição, não possui leis, isso significa que ele pode ser modelado como um sistema lógico SEM PREMISSAS.


    Em um sistema sem premissas, não podemos concluir que algo não possa acontecer. Não existem leis para que possamos tirar esta conclusão. Ou seja: não existe a proibição de que qualquer coisa possa acontecer. Se não existe a proibição de que algo possa acontecer, então, eventualmente, algo pode acontecer. Ou seja, as tautologias lógicas continuam verdadeiras num sistema sem premissas: “algo acontece ou não acontece”. Se, eventualmente, algo acontecer, este algo não deverá obedecer a leis, e, portanto, seria algo totalmente aleatório e imprevisível.

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    1. Desculpe-me, mas achei péssima essa sua descrição do "nada".

      O que vc chama de "nada trivial", na verdade não contém regra nenhuma. A suposta regra "nada pode acontecer", não é uma regra! É uma conclusão lógica derivada da simples definição que se atribui ao "nada trivial". A ausência de elementos físicos de qualquer espécie significa a impossibilidade de causas geradoras de qualquer coisa. Logo, nada pode acontecer. É uma conclusão lógica, não é uma regra arbitrária.

      Já o seu Nada Jocaxiano, esse sim possui uma regra completamente arbitrária, "não existem regras". Tal regra não é uma conclusão lógica derivada de sua definição, mas, ao contrário, compõe sua definição, faz parte dela! E o pior, contradiz a primeira premissa do NJ. Vc está definindo o nada jocaxiano como um estado onde tudo pode acontecer, o que é contraditório com a primeira premissa do NJ, que diz "inexistência de elementos físicos de qualquer tipo". A consequencia logica dessa premissa, como demonstrado no paragrafo acima, é que "nada pode acontecer".

      Percebe a salada lógica que vc criou?

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    2. Borden_GT vc esta enganado:
      Pela Logica existe a tautologia (verdade absoluta em todos os contextos ) Que estabelece:
      "X ou não X"
      X é qualquer proposicao .
      Então pela lógica é verdade que :
      Algo "pode acontecer ou pode Nao acontecer"

      Nao podemos sem criar uma regra dizer apenas que "Nao pode acontecer" é sempre verdade !

      Eventualmente "Pode acontecer" pode ser verdade tambem.

      Assim, pela lógica num sistema sem leis ,
      algo pode ou nao acontecer, dessa forma de um "nada" , por exemplo, umapartícula pode acontecer de vir a axistencia !!

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  2. O universo realmente nasceu do nada. Como é possível? É possível se este nada não seja o nada absoluto. O nada cosmológico seria o nada só de matéria não de energia. A energia sempre existiu e esta energia é que se transformou em matéria. Veja detalhes no blog: "Olhando o Universo".

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    1. O que é previsto pelas observações cosmológicas e teorias (hipotéticas), é que o balanço energético do universo é nulo. Energia "positiva" = Energia "negativa". O que abre espaço para a teorização de que não havia nada, nem matéria nem energia, no começo. Dizem alguns físicos (Stephen Hawking é um deles) que isso garante que o universo pode ter surgido do nada. Uma flutuação quântica, ou seja, um desbalanço energético em escala quântica, teria transformado uma pequena parcela de nada energético em: "pouca energia positiva" + "pouca energia negativa". Isso teria levado a uma reação em cadeia que culminou no big bang: uma concentração de muita energia segregada em algo que não podemos chamar de espaço ainda, a singularidade que deu origem ao espaço e o tempo. Porém, flutuações quânticas são propriedade exclusiva do universo. Como diz a própria teoria, as leis físicas são exclusivas do universo, criadas pouquíssimo após o big bang, necessitadas de espaço e tempo para operar. Teoria que se auto-contradiz, visto que, o universo só pode existir depois da existência de uma lei que ele próprio criou. A teoria do nada é portanto uma hierarquia entrelaçada. Não se explica e não se resolve, necessitando de um agente externo para ser viável.

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  3. Amor ao próximo não significa a existência de um Deus. Qual seria a razão para se amar ao próximo a presença de um Ditador celestial. Convenhamos!

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    1. Valter, releia. Não se fala em ditador celestial em nenhum momento. Neste em todos os post desse blog, exclui-se a imagem bizarra e hominídea de Deus, com atributos esdrúxulos e primitivos. A imagem de Deus que pode ser discutida cientificamente, a única imagem inteligível e possivelmente lógica, é a imagem einsteniana (não exclusiva desta soberana mente): "Esta convicção [existência de uma verdade científica], ligada ao sentimento profundo de uma razão superior, desvendando-se no mundo da experiência, traduz para mim a ideia de Deus."

      Amar ao próximo não significa a existência de um Deus, mas só faz sentido se os sentimentos, de fato, existirem. Segundo a ciência atua, sentimentos são ilusões criadas pelo nosso cérebro mal condicionado. Disparos de hormônios que alteram nossa fisiologia (sem causa aparente, o que é um absurdo cientificamente falando), e nós traduzimos como um sentimento associado a certas situações. Dessa maneira, tanto faz amar ou não o próximo, afinal, consciência também é produto de impulsos aleatórios, sendo impossível julgarmos um ser humano raivoso e genocida, afinal, ele é escravo do determinismo físico e nada pode fazer contra suas trilhas cerebrais pré-determinadas pela sua genética e influenciadas pelo ambiente à sua volta. Ambiente que não inclui sentimentos ou ligações sociais, meras ilusões do nosso cérebro imperfeito.

      Julgo essa visão suficientemente absurda e apenas critico aqui para que as pessoas pensem. Acho que filosofar nunca faz mal, é sempre bom. Me questiono constantemente, como qualquer leitor deste blog pode perceber. Acho útil e, inclusive, adoro quando comentam contrariamente. Só assim posso concluir melhor minhas ideias. Obrigado pelo comentário e, claro, sugiro a releitura para a melhor compreensão das minhas ideias. Abraço.

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  4. Borden,
    Vc disse que "Nada pode acontecer" nao eh uma regra.

    Vc esta errado. Claro que eh uma regra pois implica que NAO pode surgir, por exemplo, uma particula.
    E isso é sim uma RESTRICAO.

    Se vc dissesse que no nada pode ou NAO acontecer , ai sim nao haveria regras pois todas as possibilidades
    sao possiveis. Pois na AUSENCIA DE REGRAS TODAS AS POSSIBILIDADES SAO POSSIVEIS.

    O "nada trivial" NAO eh o nada jocaxiano. No nada jocaxiano nao existem regras e portanto
    todas as possibilidades são possíveis ( podem OU NAO acontecerem ) .

    Outra coisa vc esta colocando a PREMISSA ( uma regra ) de que na ausencia de elementos fisicos
    nada pode acontecer. Isso nao acontece no Nada Jocaxiano pois NAO HA PREMISSAS a serem seguidas !!!

    E vc confunde regras com estado. Leiua o texto deireito:

    "...Não devemos confundir a definição do NJ com regras a serem seguidas. A definição do NJ é apenas a declaração de um estado. Se a natureza se encontrar no estado definido pelas condições 1 e 2 acima, dizemos que ela é um “Nada-Jocaxiano”. O estado de um sistema é algo que pode mudar, é diferente de uma regra que o sistema deve obedecer (caso contrário não seria uma regra). Assim, por exemplo, o estado “não possui elementos físicos” é um estado e não uma regra, pois, eventualmente, este estado poderá mudar. Se fosse uma regra, não poderia mudar (a menos que outra regra eliminasse a primeira)...."]

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  5. Me interessei pelo assunto até que começou a aparecer divindades nesta historia. Acho que toda pessoa que sai da explicação cientifica e entra para o sobrenatural está totalmente perdida. Se não se encontra uma explicação científica para o caso, o caso não está resolvido. Foi empurrado com a barriga. Explicar uma divindade na história é muito mais complicado do que pela ciência. Pra começar, como surgiu este Deus. E o Pai de Deus, etc. Tudo tem um inicio. Pode até não ter fim, mas um início é necessário. Acho que tudo veio da energia, já que a matéria é uma concentração de energia. Dizer que veio do vácuo quantico é pura ilusão. Este vácuo não tem energia nem para acender um led, quanto mais gerar matéria. M= E/C² Logo precisamos de uma quantidade enorme de energia para gerar um partícula ínfima de matéria. Seria portanto uma quantidade enorme de energia para gerar toda a matéria de nosso universo. Esta energia só pode estar presente no espaço extra universo. Veja como lendo o blog:"olhando o Universo".

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    1. Alberto, talvez eu não tenha me expressado suficientemente bem. Divindade é apenas uma hipótese. O fato de eu me sentir familiarizado com a ideia e mostrar argumentos para isso não faz da minha mente menos científica, assim como não fez com a de Einstein, Paul Davies, Schrödinger, Heisenberg e outros. Não acho justo julgar dessa maneira. Gosto das discordâncias, mas não dos rebaixamentos.

      Entrar na divindade não é entrar no sobrenatural.

      Concordo com você plenamente. Mas a divindade recorrida aqui não encerra a questão. Se encerrasse, eu não teria um blog para discutir abertamente momentos científicos. Estaria tudo resolvido, mas não está. Acredito na possibilidade da existência divina, assim como muitos acreditam na sua impossibilidade. São linhas de pensamento, apenas. Nada muda com relação a inteligibilidade do pensador.

      Se Deus existe, deve ser encontrado pela ciência e fim de papo. Não discordo disso e nunca discordarei. E, enquanto isso não for um fato, continuarei estudando, pesquisando e questionando.

      Quando há novas descobertas que abrangem mais de uma possibilidade na ciência, sempre há grupos de cientistas que ACREDITAM numa hipótese e outros que ACREDITAM na outra. Até que se prove uma delas, essas divergências permanecem e nenhum cientista é menos cientista por isso.

      Enquanto não há definição, reservo meu direito de crer naquilo que ainda é possível segundo a própria ciência. Nada exclui, por exemplo, a possibilidade de a inteligência ser atributo do universo e não consequência de impulsos aleatórios um circuito cerebral humano. Inclusive, estuda-se isso constantemente.

      Tudo tem um início e acreditarei no que a ciência descobrir sobre isso. Há uma mania grotesca de se pensar que todo "deísta" é "teísta". Vamos a uma simples explicação:

      Teísta = oposto de ateísta; acredita existir Deus acima de qualquer coisa e independente do que diz a ciência.

      Deísta = acredita na possibilidade de se encontrar Deus através da ciência.

      Abraço.

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  6. O Universo pode ter surgido do nada porque a energia positiva de matéria, radiação, energia e matéria escura se anula com a energia gravitacional negativa. O balanço total de energia é zero.

    Não estamos acostumados no dia a dia a observar coisas quer surgem do nada, mas por princípio tal coisa não é impossível desde que essa "energia" saia de algum outro lugar.

    Quando falamos do universo inteiro não "há lugar" de onde essa energia possa surgir, logo a única coisa que conserva a energia é o balanço de energia total que eu mencionei e que deve ser igual a zero.

    Então um universo inteiro ou em última análise um sistema perfeitamente balanceado energeticamente pode surgir do nada. Não temos experiência disso pois em nossa experiência humana não observamos tais sistemas perfeitamente balanceados se é que existem na natureza, porém quando falamos de um universo inteiro a história é diferente e é claro que nós não podemos observar o universo inteiro e testar empiricamente algo assim.

    E é por isso que tal conjectura do Universo a partir do nada é real e perfeitamente possível, apenas é inobservável.

    A Ciência responde "como" e não "porque". E isso não tem nada a ver com metafísica.

    A pergunta "por que?" não está fora do alcance da ciência ou diz respeito a outro reino sobrenatural. É somente uma questão semântica.

    O uso do "por que?" já estipula uma teleologia, uma intenção, "por que alguém x faz y". Está tudo explicado.

    Quando usamos "como?" explicamos as mesmas coisas que podemos explicar usando "por que?", não existe diferença alguma. A não ser a confusão que o uso do "por que?" consegue gerar.

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  7. A teoria do "nada jocaxiano" pressupõe a seqüência temporal dos eventos, o que em si já é parte da ordem do Universo e portanto é uma teoria falsa.

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